LEI Nº. 1.899/2007, DE 18 DE JANEIRO DE 2007.
Define os créditos de pequeno
valor para os fins previstos no § 3º do artigo 100 da Constituição da República
e artigo 78 do ato das disposições constitucionais transitórias e dá outras
providências.
A PREFEITA MUNICIPAL DE VIANA, Estado do Espírito Santo, no
uso de suas atribuições legais previstas no Inciso III, Art. 60, da Lei
Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a
seguinte lei:
Art. 1º.
Para os fins previstos no § 3º do art. 100 da Constituição Federal e no
art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias será considerado de
pequeno valor, no âmbito do Município de Viana, o crédito decorrente de
sentença judicial transitada em julgado, cujo montante, devidamente atualizado
automaticamente pelo IPCA-E (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), apurado pelo
IBGE, não exceda a R$ 7.500.00 (sete mil
e quinhentos reais).
§ 1º. Fica limitado no mínimo
em 12 (doze), o número de créditos a serem adimplidos no prazo previsto no art.
3º desta Lei.
§ 2º. A presente Lei
abrangerá também os precatórios pendentes para pagamento expedidos
anteriormente a sua publicação.
Art. 2º. Em caso de
litisconsórcio, será considerado, para efeito do art. 1º, o valor devido a cada
beneficiário.
Art. 3º.
O pagamento das obrigações de pequeno valor deverá observar a
disponibilidade orçamentária e financeira referente ao exercício em que se der
a requisição judicial, e será efetuado mediante depósito em conta-corrente,
junto a instituição bancária, no prazo de até 60 (sessenta) dias, contados da
entrega da requisição, por ordem do Juiz competente, ao Secretário Municipal de
Finanças, independentemente de precatório.
§ 1º. É vedado o fracionamento, repartição ou
quebra do valor da execução, de modo que o pagamento se faça, em parte, na
forma estabelecida no “caput” deste artigo e, em parte, mediante expedição de
precatório.
§ 2º. É
vedada a expedição de precatório complementar ou suplementar do valor pago na
forma do “caput” deste artigo.
Art. 4º.
Se o valor da execução ultrapassar aquele estabelecido no artigo 2º
desta Lei, o pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo
facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que
possa optar pelo recebimento do valor sem precatório, conforme procedimento
estabelecido nesta Lei.
Art. 5º.
O pagamento das obrigações sem precatório, conforme procedimento
descrito nesta lei, importa na quitação total do pedido constante da petição
inicial e extinção da execução.
Art. 6º.
O Poder Executivo regulamentará, mediante decreto, as providências
administrativas necessárias ao fiel cumprimento desta Lei.
Art. 7º.
As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de
dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.
Art. 8º. Esta Lei entrará em
vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Viana, 18 de janeiro de 2007.
Solange
Siqueira Lube
Prefeita
Municipal
Este texto não substitui
o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Viana.